sexta-feira, 22 de maio de 2009

Analfabetismo: (auto) exclusão social

Por Priscila Medeiros Ramos



“O Leitor”: um filme que
aborda uma história de
paixão e frustração entre
as décadas de 50 e 60

O longa “O Leitor”, dirigido por Stephen Daldry, estreou nos cinemas do mundo inteiro no mês de fevereiro deste ano, e foi muito aguardado, pois rendeu um Oscar de melhor atriz a Kate Winslet – a protagonista da trama - , além de ser baseado no primeiro livro de romance alemão, publicado em 1995 e escrito por Bernard Schlink, a estar dentro da lista dos best-sellers do New York Times.

Como o próprio título nos remete, o filme aborda uma temática referente ao ato de ler - ser um leitor -, perceptível ao nos apresentar a protagonista Hanna, interpretada por Kate Winslet, como analfabeta mas, ao mesmo tempo, muito interessada em ouvir histórias, narrativas. E por não ter domínio da leitura, pede para Michael (Ralph Finnes) – um rapaz 21 anos mais novo que ela e com quem, nesse momento do filme, mantém um relacionamento amoroso – ler em voz alta todas as vezes que se encontram na casa dela. Mas esta forte característica da personagem não nos é apresentada de maneira confirmada no início da trama, bem como a sua vida não é muito colocada em pauta, apenas nos é mostrado que ela não tem amigos e nem uma vida social; em boa parte do filme, que trabalha no interior de um bonde que circulava na cidade e que, posteriormente, é julgada em um tribunal por ter trabalhado para o Nazismo e contribuído com centenas de mortes na época da Segunda Guerra Mundial.

O fato que realmente nos intriga e nos faz gostar ou não do filme é o de Hanna e Michael ocultarem em julgamento – após 7 anos da fuga dela, o motivo que causara o rompimento do romance dos dois – o que poderia mudar suas vidas. Foi durante a acusação dela que ele, por cursar Direito e encontrar-se presente no tribunal apenas por questões referentes à universidade, reencontrou-a e recordou os magníficos dias que tiveram, montando, assim, um “quebra-cabeças” que demonstrava que ela era analfabeta e que não tinha as mínimas condições de ter feito aquilo de que estava sendo acusada: ter escrito o relatório das mortes das judias. Mas, por perceber que sua antiga paixão se calara e não se defendera por sentir vergonha de expor em público que era analfabeta, Michael também não falara – ou por aceitar a vontade de quem o libertara prazerosamente de uma época familiar conturbada ou por não querer revelar o romance secreto que tivera com a acusada. Enfim, a covardia e/ou a vergonha de ambos é o principal ingrediente para o desfecho da trama, o qual nos faz questionar sobre o que realmente sucedera na mente dos dois para que se calassem e deixassem que a narrativa percorresse pelo lado mais difícil, pois, por eles ocultarem a verdade, ela é presa injustamente e ele permanece solitário – talvez por ter desacreditado no amor após tamanha frustração ou por ele já ter se mostrado de tal modo quando tinha 15 anos no início da história.

A película apresenta os fatos de um modo que temos que assisti-la até o final para compreendermos e sabermos da história, pois são vários os acontecimentos inéditos e inesperados (como, por exemplo, ela ter trabalhado para o Nazismo) que aparecem na trama e que, ao serem apresentados, explicam ou modificam de alguma maneira o enredo. Diferentemente de outras narrativas que, ao assistirmos o trailer, já temos uma boa noção de como suas histórias irão se desenvolver e/ou se encerrar.


Sabemos que filmes baseados em livros não se constituem em uma obra fiel e condizente, mas, talvez por não ter lido o romance, acha-se que a trama é bem desenvolvida e que nos prende do início ao fim.


Esse filme não é recomendado para menores de dezoito anos por apresentar nudez e cenas de sexo.


INFORMAÇÕES EXTRAS:

· O livro “The Reader” é narrado em primeira pessoa do singular pelo protagonista Michael, e nos mostra que quando Hanna o vê pela primeira vez, trata-o como criança, chamando-o de “kid” (criança em inglês).
· E outros filmes que também abordam essa temática “do ato de ler”, mas sob outras perspectivas são os filmes: “Coração de Tinta” e “A História do Ratinho Despereaux.

domingo, 17 de maio de 2009

São João 2009 de Campina Grande tem organização antecipada

Por Adalline Bewerlly



O Parque do Povo este ano está em clima de Maior São João do Mundo mais cedo.
A montagem das barracas no Parque do Povo foi antecipada, pois no ano passado o evento foi iniciado sem que a concluissem. Tudo ficará pronto muito antes de se iniciarem as festividades do evento, o que oferece aos barraqueiros e outros trabalhadores envolvidos mais tempo de organização.
No Parque do Povo existem 163 barracas e 92 quiosques, além do cenário da Catedral e da fogueira gigante.
A Pirâmide do Parque do Povo teve sua parte superior reformada, com a qual a Prefeitura Municipal gastou 460 mil reais em estruturas metálicas ou coloridas, mão de obra e outros serviços.
Foram implantadas mudanças também no palco que fica no Arraial Hilton Motta, onde são realizados os principais shows.
Neste ano, a festa vai dispor ainda de câmeras de monitoramento para reforçar a segurança e internet gratuita no local. As expectativas em relação ao Maior São João do Mundo 2009 são as melhores, pois a organização primou pela qualidade do evento em todos os aspectos.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

UEPB oferece curso de “Qualidade e Tratamento da Água” para pós graduandos

Por Aillane Rodrigues
A Universidade Estadual da Paraíba, em parceria com o Programa Nacional de Cooperação Acadêmica, financiado pela CAPES, realizará o curso "Qualidade e Tratamento da Água", ministrado pelo professor doutor Marcelo Libânio do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental da UFMG, de 18 a 21 de maio no Campus I em Bodocongó.

De acordo com o site da UEPB, a programação do curso possui carga horária de 30 horas/aula divida entre aulas teóricas e uma palestra. As aulas teóricas serão ministradas nos dias 18, 19 e 21 de maio, das 8 às 12 horas e das 14 às 18 horas; e na quarta-feira, 20, das 8 às 12 horas. A palestra do professor Libânio será dia 20, no auditório da Biblioteca Central, das 14h30 às 16 horas, cujo tema é "Tratamento Avançado de Água para Remoção de Microcontaminantes Orgânicos".

As vagas são limitadas aos alunos de pós graduação do Mestrado em Ciência e Tecnologia Ambiental da UEPB e áreas afins. As inscrições estão disponíveis a partir do dia 5 de maio na Secretaria do MCTA (situada no 1º andar do Prédio da Administração Central da UEPB, Avenida das Baraúnas, 351, Bodocongó).

Para mais informações: (83) 3315-3409

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Marcelo Libânio é
doutor em Hidráulica e Saneamento pela Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (1995) e pós doutor pela Universidade de Alberta (2005). Graduou-se em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Minas Gerais, onde também fez seu mestrado em Engenharia Sanitária.
Possui ampla experiência em Engenharia Sanitária, com ênfase em qualidade e tratamento de águas de abastecimento por processos convencionais e avançados, dirigidos à remoção de microcontaminantes orgânicos. Atualmente, coordena o projeto "Avaliação do Impacto de Atividades Antrópicas na Qualidade de Água de Reservatórios de Múltiplos Usos", no âmbito do Programa Nacional de Cooperação Acadêmica, financiado pela CAPES, em parceria com a UEPB (PROCAD/UFMG-UEPB-UNESP-UFMT).