terça-feira, 9 de junho de 2009

Cratera se abre e engole carro

por Allan Fernando


Na madrugada do dia 9 de junho, na Rua Sebastião Donato com a Av. Mal. Floriano Peixoto, por trás do Teatro Municipal, rompeu-se um cano da rede pública de água, a menos de 15 metros do Parque do Povo. O asfalto acabou cedendo e engolindo um carro.

"A rede grossa estourou", afirma Aluízio Clemente funcionário da Cagepa que estava no local. Ele garantiu que, devido a este fato, é normal o asfalto ceder, uma vez que a água em abundância remove a terra, implicando no firmamento que são os calçamentos.

No local, as equipes da Cagepa de manutenção pesada trabalharam para refazer o asfalto. No momento do acidente, equipes da SITRANS estiveram presentes para amenizar o engarrafamento que se formou.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Analfabetismo: (auto) exclusão social

Por Priscila Medeiros Ramos



“O Leitor”: um filme que
aborda uma história de
paixão e frustração entre
as décadas de 50 e 60

O longa “O Leitor”, dirigido por Stephen Daldry, estreou nos cinemas do mundo inteiro no mês de fevereiro deste ano, e foi muito aguardado, pois rendeu um Oscar de melhor atriz a Kate Winslet – a protagonista da trama - , além de ser baseado no primeiro livro de romance alemão, publicado em 1995 e escrito por Bernard Schlink, a estar dentro da lista dos best-sellers do New York Times.

Como o próprio título nos remete, o filme aborda uma temática referente ao ato de ler - ser um leitor -, perceptível ao nos apresentar a protagonista Hanna, interpretada por Kate Winslet, como analfabeta mas, ao mesmo tempo, muito interessada em ouvir histórias, narrativas. E por não ter domínio da leitura, pede para Michael (Ralph Finnes) – um rapaz 21 anos mais novo que ela e com quem, nesse momento do filme, mantém um relacionamento amoroso – ler em voz alta todas as vezes que se encontram na casa dela. Mas esta forte característica da personagem não nos é apresentada de maneira confirmada no início da trama, bem como a sua vida não é muito colocada em pauta, apenas nos é mostrado que ela não tem amigos e nem uma vida social; em boa parte do filme, que trabalha no interior de um bonde que circulava na cidade e que, posteriormente, é julgada em um tribunal por ter trabalhado para o Nazismo e contribuído com centenas de mortes na época da Segunda Guerra Mundial.

O fato que realmente nos intriga e nos faz gostar ou não do filme é o de Hanna e Michael ocultarem em julgamento – após 7 anos da fuga dela, o motivo que causara o rompimento do romance dos dois – o que poderia mudar suas vidas. Foi durante a acusação dela que ele, por cursar Direito e encontrar-se presente no tribunal apenas por questões referentes à universidade, reencontrou-a e recordou os magníficos dias que tiveram, montando, assim, um “quebra-cabeças” que demonstrava que ela era analfabeta e que não tinha as mínimas condições de ter feito aquilo de que estava sendo acusada: ter escrito o relatório das mortes das judias. Mas, por perceber que sua antiga paixão se calara e não se defendera por sentir vergonha de expor em público que era analfabeta, Michael também não falara – ou por aceitar a vontade de quem o libertara prazerosamente de uma época familiar conturbada ou por não querer revelar o romance secreto que tivera com a acusada. Enfim, a covardia e/ou a vergonha de ambos é o principal ingrediente para o desfecho da trama, o qual nos faz questionar sobre o que realmente sucedera na mente dos dois para que se calassem e deixassem que a narrativa percorresse pelo lado mais difícil, pois, por eles ocultarem a verdade, ela é presa injustamente e ele permanece solitário – talvez por ter desacreditado no amor após tamanha frustração ou por ele já ter se mostrado de tal modo quando tinha 15 anos no início da história.

A película apresenta os fatos de um modo que temos que assisti-la até o final para compreendermos e sabermos da história, pois são vários os acontecimentos inéditos e inesperados (como, por exemplo, ela ter trabalhado para o Nazismo) que aparecem na trama e que, ao serem apresentados, explicam ou modificam de alguma maneira o enredo. Diferentemente de outras narrativas que, ao assistirmos o trailer, já temos uma boa noção de como suas histórias irão se desenvolver e/ou se encerrar.


Sabemos que filmes baseados em livros não se constituem em uma obra fiel e condizente, mas, talvez por não ter lido o romance, acha-se que a trama é bem desenvolvida e que nos prende do início ao fim.


Esse filme não é recomendado para menores de dezoito anos por apresentar nudez e cenas de sexo.


INFORMAÇÕES EXTRAS:

· O livro “The Reader” é narrado em primeira pessoa do singular pelo protagonista Michael, e nos mostra que quando Hanna o vê pela primeira vez, trata-o como criança, chamando-o de “kid” (criança em inglês).
· E outros filmes que também abordam essa temática “do ato de ler”, mas sob outras perspectivas são os filmes: “Coração de Tinta” e “A História do Ratinho Despereaux.

domingo, 17 de maio de 2009

São João 2009 de Campina Grande tem organização antecipada

Por Adalline Bewerlly



O Parque do Povo este ano está em clima de Maior São João do Mundo mais cedo.
A montagem das barracas no Parque do Povo foi antecipada, pois no ano passado o evento foi iniciado sem que a concluissem. Tudo ficará pronto muito antes de se iniciarem as festividades do evento, o que oferece aos barraqueiros e outros trabalhadores envolvidos mais tempo de organização.
No Parque do Povo existem 163 barracas e 92 quiosques, além do cenário da Catedral e da fogueira gigante.
A Pirâmide do Parque do Povo teve sua parte superior reformada, com a qual a Prefeitura Municipal gastou 460 mil reais em estruturas metálicas ou coloridas, mão de obra e outros serviços.
Foram implantadas mudanças também no palco que fica no Arraial Hilton Motta, onde são realizados os principais shows.
Neste ano, a festa vai dispor ainda de câmeras de monitoramento para reforçar a segurança e internet gratuita no local. As expectativas em relação ao Maior São João do Mundo 2009 são as melhores, pois a organização primou pela qualidade do evento em todos os aspectos.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

UEPB oferece curso de “Qualidade e Tratamento da Água” para pós graduandos

Por Aillane Rodrigues
A Universidade Estadual da Paraíba, em parceria com o Programa Nacional de Cooperação Acadêmica, financiado pela CAPES, realizará o curso "Qualidade e Tratamento da Água", ministrado pelo professor doutor Marcelo Libânio do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental da UFMG, de 18 a 21 de maio no Campus I em Bodocongó.

De acordo com o site da UEPB, a programação do curso possui carga horária de 30 horas/aula divida entre aulas teóricas e uma palestra. As aulas teóricas serão ministradas nos dias 18, 19 e 21 de maio, das 8 às 12 horas e das 14 às 18 horas; e na quarta-feira, 20, das 8 às 12 horas. A palestra do professor Libânio será dia 20, no auditório da Biblioteca Central, das 14h30 às 16 horas, cujo tema é "Tratamento Avançado de Água para Remoção de Microcontaminantes Orgânicos".

As vagas são limitadas aos alunos de pós graduação do Mestrado em Ciência e Tecnologia Ambiental da UEPB e áreas afins. As inscrições estão disponíveis a partir do dia 5 de maio na Secretaria do MCTA (situada no 1º andar do Prédio da Administração Central da UEPB, Avenida das Baraúnas, 351, Bodocongó).

Para mais informações: (83) 3315-3409

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Marcelo Libânio é
doutor em Hidráulica e Saneamento pela Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (1995) e pós doutor pela Universidade de Alberta (2005). Graduou-se em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Minas Gerais, onde também fez seu mestrado em Engenharia Sanitária.
Possui ampla experiência em Engenharia Sanitária, com ênfase em qualidade e tratamento de águas de abastecimento por processos convencionais e avançados, dirigidos à remoção de microcontaminantes orgânicos. Atualmente, coordena o projeto "Avaliação do Impacto de Atividades Antrópicas na Qualidade de Água de Reservatórios de Múltiplos Usos", no âmbito do Programa Nacional de Cooperação Acadêmica, financiado pela CAPES, em parceria com a UEPB (PROCAD/UFMG-UEPB-UNESP-UFMT).

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Weblog: usos e conceitos!

Por Camila Melo
(Na foto: Fernando Firmino)

Na última terça-feira, 28, foi apresentado em sala de aula um trabalho sobre Weblog, apontando seus conceitos, história e usos. A equipe responsável levou para os colegas uma entrevista feita com o jornalista e professor Fernando Firmino, "blogueiro" e admirador da utilização de blogs. Leia agora o que foi dito em sala:

1º Em sua opinião, qual a importância do blog?

O blog é uma ferramenta fundamental na comunicação contemporânea porque permite flexibilidade, descentralização e que outras pessoas possam participar do jogo comunicacional. Aliás penso que o blog é uma das mais poderosas ferramentas da comunicação digital no processo de formação de comunidades fora e dentro dos mass media.

2º Você acha que os blogs deviam possuir apenas conteúdos jornalísticos ou devem ser tratados também como "diários pessoais online"?

Os blogs quando surgiram eram uma espécie de diários pessoais ou diários íntimos. Pouco tempo depois passaram por um processo de reapropriação para o campo do jornalismo. [...]Hoje todos os grandes e pequenos grupos de comunicação têm centenas de blogs. [...] a missão de um blog não é apenas ser jornalístico. Os blogs se adaptam bem aos nichos, aos públicos específicos. Neste sentido, não vejo sentido em restringi-los apenas ao jornalismo. É uma ferramenta de comunicação que precisa e deve ser expandido para outras finalidades, inclusive educacionais.

3º Como esta ferramenta ajuda no "fazer jornalismo"? E como prejudica?

Não consigo enxergar o jornalismo contemporâneo sem considerar o blog. O blog é, de fato, uma ferramenta rápida em termos de feedback com seus leitores e como fonte para os jornalistas se informarem sobre o que acontece fora do seu ambiente. Portanto, vejo o blog integrado ao fazer jornalístico em dois aspectos principais: como fonte para os jornalistas e como meio de difusão dos jornalistas.

4º O que você acha de jornalistas conhecidos, como Ricardo Noblat, que praticamente abandonou o jornalismo impresso, para se dedicar apenas ao blog?

Não só o Noblat, mas o Ricardo Kotscho e outros mais. Acho que eles estão certos e até mesmo não vejo como estariam fora desta novidade. O jornalismo é dinâmico e todos, independente de ter vindo do impresso, da televisão ou do rádio têm que se adaptar até como forma de sobrevivência mesmo. É evidente que a audiência de blogs como o de Ricardo Noblat se deve a visibilidade e a carreira construída em outros meios. Mas a blogosfera é dinâmica e ampla e temos muitos outros blogs com qualidade.

5º De acordo com seus conceitos a respeito do verdadeiro papel, ou papel inicial, do blog, responda-nos se a maneira pela qual este recurso é utilizado, hoje, é considerada adequada.

Os blogs permitem diversos usos, mas o que se percebe é que muitos ainda não sabem lidar com a ferramenta, não interage com o público que posta comentários. Isto principalmente nos meios de comunicação de massa. Em relação aos jornalistas especificamente penso que falta até certo ponto um domínio mais técnico, alguns conhecimentos, mesmo que elementares de XHTML, CSS e outros recursos para potencializar mais ainda o blog. Entendo que com o processo de convergência jornalística em curso os estudantes de jornalismo têm que se preparar também tecnicamente não com o domínio de um programa específico, mas com a capacidade de navegar por diversas plataformas e poder se atualizar sempre que necessário com a base de conhecimento que tem. E por outro lado, não se pode esquecer que aliado a este conhecimento técnico em construção deve-se entender que a escrita, o conhecimentos cultural e a habilidade para lidar com o conhecimento geral é o mais importante. Nossas discussões aqui se centram muito no perfil do futuro ou do atual jornalista. O perfil têm que mudar, mas as próprias faculdades estão despreparadas e ainda presas à comunicação de massa ignorando as mídias digitais. Na verdade não há oposição entre as mídias massivas e as mídias digitais. Uma pode complementar a outra.

6º Nos fale um pouco sobre o seu blog.

Eu sempre estive envolvido com o mundo digital e a comunicação como um todo. Fui um dos primeiros a usar Internet em Campina Grande quando o governo disponibilizou pelas universidades federais. E meus projetos têm sido nesta direção. Em 2005 criei, junto com a professora Agueda Cabral, o projeto Repórter Junino do Departamento para explorar estas potencialidades. Logo, meu blog faz parte deste percurso que optei como pesquisador e professor. Especificamente o blog Jornalismo Móvel foi criado para dar vazão a minha produção de doutorado na Universidade Federal da Bahia - UFBA. A experiência tem sido excelente como forma de trabalhar os conceitos, mostrar as experiências da comunicação móvel e interagir com outros pares.


Para quem quiser conferir um pouco mais sobre jornalismo móvel ou conhecer um pouco mais do entrevistado, segue abaixo o link do blog: http://jornalismomovel.blogspot.com/

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Prós e contras: novo acordo ortográfico

por Amanda Janynne

E agora? “Prós” fica com acento ou não? O que devo escrever? Para onde devo olhar? Foram essas as perguntas que me vieram à cabeça quando escrevi esse pequeno título. Passei alguns minutos pensando e pude verificar na prática as dúvidas e incertezas de quem vai ter que seguir o novo acordo ortográfico.
O decreto assinado no fim do ano passado pelo presidente Lula, com o cronograma do acordo, entrou em vigência já em Janeiro de 2009, mas as normas atuais ainda serão aceitas até Dezembro de 2012.
Para entrar em vigor, o acordo precisava da aceitação de no mínimo três países, o que foi feito com Brasil, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe - Portugal só aceitou em maio de 2008. Hoje o acordo é assinado por 8 diferentes localidades, entre países e ilhas.

Entre a parte boa do acordo, o Ministério da Educação afirma que este “ampliará a cooperação internacional entre os oito países ao estabelecer uma grafia oficial única do idioma. A medida também deve facilitar o processo de intercâmbio cultural e científico entre as nações e a divulgação mais abrangente da língua e da literatura.” Olhando por esse ponto de vista, o acordo irá enriquecer o idioma que era o único no mundo em que além da pronúncia, a escrita também era diferenciada nos diferentes países que usam o português.
Quem também assina embaixo é a professora Vera Melo Reis, professora, "a retirada dos acentos facilita o aprendizado. [...] Para os alunos, será mais fácil ler os livros editados em Portugal e nos demais países que usam a mesma língua. Alguns tinham dificuldades em entender os outros portugueses. Será mais complexo para nós, profissionais, que estamos muito acostumados a escrever."

Mas nem tudo são rosas... Dentro da área do saber, também há divergência quanto às mudanças adotadas. Flávia Lima, editora da revista segmentada O Setor Elétrico diz “Li o guia prático da nova ortografia. [...] Algumas mudanças até são coerentes como a inserção das letras 'k', 'w' e 'y' no alfabeto. [...] A retirada do trema também considero sensata, assim como de alguns hífens... Outras mudanças são radicais. Não concordo com a eliminação dos acentos das paroxítonas terminadas em ditongo, nem das palavras terminadas em êem e ôo. E por que 'têm' e 'vêm' no plural continuam com acento? [...] No início, terei que parar de escrever a todo instante para consultar o manual. Vai prejudicar meu cotidiano.”

Nesse momento, penso: como será que lá nos anos passados as pessoas receberam as novas palavras que foram trocadas, lá na época do português arcaico? Também não deve ter sido fácil e também deve ter tido muitas discussões entre os estudiosos.


É, pelo jeito todos nós - jornalistas, educadores, escritores, alfabetizados enfim -, vamos ter muito trabalho pela frente. Com dúvidas ou não, gostando ou não, teremos que seguir adiante, pois, afinal de contas, não foi a 1ª reforma que tivemos na língua e acredito que nem será a última!

terça-feira, 14 de abril de 2009

Evento no DECOM da UEPB sobre o Novo Acordo Ortográfico

"O jornalista frente ao Novo Acordo Ortográfico" é o evento que será realizado, nos dias 15 e 16 de abril, no Departamento de Comunicação Social (DECOM) da Universidade Estadual da Paraíba, através da turma “Relações Públicas e Humanas (2008.2 – noturno)”, do curso de Comunicação Social.

No evento serão abordados temas sobre “O Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa”, enfocando o repensar da prática jornalística mediante as novas técnicas que se apresentam com essa reforma.

Segundo o site da UEPB, a abertura ocorrerá no dia 15, às 19h, nas dependências do Departamento de Comunicação Social (DECOM) da UEPB, com a palestra sobre a 'História da Ortografia da Língua Portuguesa: acordos e conflitos', com os professores de Língua Portuguesa e mestrandos do Programa de Pós-Graduação em Linguagem e Ensino da Universidade Federal de Campina Grande, Patrício Albuquerque e Patrícia Rosas.

No dia 16, à tarde, será realizada uma oficina sobre reforma ortográfica ministrada pela professora doutora Marinalva Freire da Silva, do Departamento de Letras e Artes da UEPB. O encerramento do evento se dará no período noturno, com a palestra da professora do DECOM, Robéria Nádia Araújo Nascimento, intitulada 'Comunicação e educação: interfaces necessárias para um conhecimento transdisciplinar'.


Para maiores informações, ligue: (83) 3310-9744 / 3310-9745.